“Estudar o texto filosófico na sua estrutura formal, na sua organização retórica, na sua especificidade e diversidade dos seus tipos textuais, nos seus modelos de exposição e de produção – para além daquilo que outrora se chamava os gêneros – no espaço também das suas encenações e numa sintaxe que não seja apenas a articulação dos seus significados, das suas referências ao ser ou à verdade, mas a ordenação dos seus processos e de tudo o que aí se investiu. Em suma, considerar também a filosofia como “um gênereo literário particular”, extraindo da reserva de uma língua, arranjando forçando ou desviando um conjunto de recursos tópicos” (Derrida, 1991: 334).
Derrida, Jacques. Margens da Filosofia. São Paulo: Papiro, 1991.